A Távola entrou decidida no novo ano com os dois pés: Com o Esquerdo e com o Direito.
Verdade, não ficou nenhum para trás.
Deste modo, na 3ª feira, 4 de Janeiro, iniciamos a nossa 2ª participação na Taça de Portugal frente ao Dramático de Vilar do Paraíso.
Apesar de amplamente favoritos, os nossos Tavoleiros Agostinho Ferreira, Paulo Pacheco e Hélder Nunes, foram surpreendidos pelo enredado e profundamente estudado esquema técnico-estratégico-táctico montado pelos seus adversários, fruto de uma espionagem e observação dos nossos atletas que, percebemos agora, já vinha de há muitas semanas, quiçá desde o ano passado!
Os jogos, a acreditar no relato, nada empolado, de quem viu o jogo, sem necessidade de consultar o boletim de jogo pela fé que fazemos no seu testemunho, foram, obviamente, disputadíssimos, e os Tavoleiros lutaram até ao último ponto de cada jogo, e, prova do seu valor, disseram que até lutariam depois do último ponto se as regras o permitissem.
Mas a sorte foi, além de madrasta, sogra para os nosso jogadores, o que é muita fêmea junta. E as esquinas da mesa e a rede eram (e são) do Dramático. Houve até quem insinuasse, o que ainda não foi confirmado por qualquer fonte oficial, que todos os pontos do Dramático, se não foram na esquina ou na rede, bateram por lá perto.
Para a história fica, por isso, registado que apesar das adversidades, o Paulo contribuiu com um zero para o resultado final, o Agostinho conseguiu contribuir com 1,5 zeros, e só o Hélder é que se ficou pelo meio zero, determinando o resultado final, completamente ilusório e enganador, face ao relatado com toda a sinceridade e objectividade, de 3-0 a favor do Dramático.
Mas não há que desanimar. Na próxima reencarnação tudo será diferente asseguraram os nosso Tavoleiros e já na próxima 3ª feira, na 2ª jornada desta competição, contra o Senhora do Ó, se não fizerem pior, farão certamente o mesmo ou melhor. Estamos certos que sim.
Já para o campeonato da 1ª Divisão distrital em cumprimento do jogo em atraso da 6ª jornada, recebemos o Paroquial e vencemos por 4-1 na 4ª feira dia 5 de Janeiro.
Cumprimos assim a nossa sina de averbar a primeira derrota a quem venha jogar connosco sem nenhuma no curriculo. De facto, o Paroquial até este jogo contava por vitórias os 5 jogos disputados, mas não conseguiram superar a Távola, pois o Carlos, o Luís e, desta vez, até o Grão Mestre estavam com fome de bola, de raquete, de mesa, de sala, e de tudo o que aparecesse à frente, por cima, por baixo, etc.
De lamentar apenas a falta de uma máquina de filmar para registar uma jogada absolutamente espectacular do Carlos, que após um Top do Hélder Sousa para o seu lado esquerdo, foi buscar a bola por trás das costas. Delicioso, acreditem, e só ao alcance de quem tenha um talento imenso e uma vocação natural para o Ténis de Mesa como é o caso dele.
De realçar ainda que se tratava da estreia da Placa de ferro da Távola, que devolvemos ao seu lugar proeminente, após séculos de esquecimento, pois andava perdida desde o séc. XIII, e ainda a estreia da mesa DWaC, que não desiludiu, sendo ao fim e ao cabo, a única que acabou por sofrer fisicamente neste jogo, pois ficou com mais um risco num dos seus tampos.
Nós bem diziamos que deviamos ter mantido o plástico auto-colante a cobri-la. É o que dá a vaidade!
Com tudo isto, subimos ao 7º lugar da classificação e já estamos a pensar no próximo jogo, contra o CTM Lousada, também na nossa sala, na próxima 4ª feira, dia 12 de Janeiro.
Trata-se da reedição do derby regional do ano passado que sempre originou jogos disputadíssimos e de grande qualidade.
De registar que o jogo já ferve e já dele há notícia na imprensa da nossa região, nomeadamente no site do jornal “Verdadeiro Olhar”.
Será que vai haver cobertura dos media? Confirmar-se-á a notícia de qua Al-jhazeera está a tentar adquirir os direitos de transmissão televisiva em directo do jogo?
Me permito rectificar vostra dataçon do idade do vossa placa, uma vez que, como provarei irrefutavelmente no minho trabalho brevemente a ser publicado sobre a Grande vostra Instituição que é o Távola do Castelons de Cepeda, a placa da fotografia, cuja antiguidade e autenticidade foi por mim certificada, foi nascida no sigulo XIII. Meu filho, Professor Indiana Jones tem um outro teoria mas confio que a minha é que está correcta com base em cálculos matemáticos evidentes: 2011 – 799 = 1212.
Ora, 1212 da Era de Cristo é um ano pertencente ao Séclo XIII! Elementar!
Pedindo desculpa pela imodéstia de corrigir um Professor de tão elevado prestígio: “Me permito” devia ser “permito-me”; “vostra” devia ser “vossa”; “dataçon” devia ser “datação”; “do placa” devia ser “da placa”; “no minho” devia ser “no meu”; “vostra” devia ser, outra vez “vossa”; “castelons” devia ser “Castelões”; “sigulo” devia ser “século”; “um outro teoria” devia ser “uma outra teoria”; “séclo” devia ser “século”.
Vasco parabéns pelo comentário de 3a feira, parti-me a rir ,se não era eu a fazer meio zero não sei não . espionagem e observação dos atletas TA BEM TA.Grande maluco.
Fico muito contento por no post já terem corrigido séc XII para Séc XIII. Quanto ao Grão Mestre, desafio-o: Quem é o Senhor para corrigir uma sumidade universalmente reconhecida como eu?
Não é “contento”, é “contente”
Quem viu, viu… quem não viu deve passar a ir ver os jogos!!!
Para aqueles que guardaram na retina a magnífica jogada, fica a minha promessa de continuar a surpreender o mundo mesatenístico… as grandes bolas andam por aí, ao virar de uma esquina!
A vitória é sempre importante, mas o prazer de jogar será sempre muito maior… é por isso que se for possível brindar os presentes com bons espectáculos, até eu agradeço!
Viva o Ténis de Mesa, mesmo numa noite chuvosa de Janeiro!
Força Távola!
P.S. Grão Mestre, o Ferraz no próximo jogo só está autorizado a dizer “TÁVOLA”e não “MESA” , correcto?
Caro Carlos da Bola Por Trás das Costas, a resposta à tua pergunta não é simples. Como sabes, em Latim Mesa diz-se “tabula”, e como Bom Homem do Norte o Ferraz nesas circunstâncias dirá “Tábola” e não “Távola”, o que causará a quem o ouvir e estiver atento a isso (e não ao jogo) confusão, pensando que ele estará a dar instruções em latim ao parceiro. Reconhecendo que isso até é lisonjeiro pois dá mostra da nossa erudição, o facto é que se o Latim for uma das linguas oficiais aceites pela ITTF, como compreenderás, será tão irregular dizer, berrar, gritar ou sussurrar “mesa” como “tabula”. Assim sendo, para responder cabalmente à tua pergunta terei de consultar especialistas em regulamentos e estatutos escritos e formais de ténis de mesa, sendo certo que é uma espécie que abunda por aí, principalmente quando os argumentos desportivos falham.